Tensão no leste europeu motiva postura avessa ao risco nos investidores globais nesta terça-feira.
Resumo de Mercado
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4min de leitura
Por: Confidence Câmbio •
22/02/2022
No nosso país, a questão do reajuste do funcionalismo público federal volta a ficar no radar dos investidores locais, em véspera de divulgação do IPCA-15, indicador inflacionário, com a participação de Paulo Guedes, ministro da Economia, e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, no BTG Pactual Brasil CEO Conference 2022. Lá fora os destaques da agenda econômica são o PMI Industrial e de serviços de fevereiro nos Estados Unidos.
Com as tensões no leste europeu os investidores globais adotam uma postura avessa ao risco, o que pode pressionar os negócios locais em cenário de incertezas relacionadas à votação do pacote proposto a fim de redução no preço dos combustíveis. No câmbio e nos juros a instabilidade geopolítica devem motivar um aumento na volatilidade. O contrato futuro de índice Bovespa era negociado em alta de 0,85% às 09h18 desta manhã, enquanto o dólar comercial operava em baixa de 0,53% neste mesmo horário.
No exterior observamos os índices futuros de Nova York e as principais bolsas europeias reduzindo as fortes quedas que ocorreram mais cedo devido ao aumento das tensões no leste europeu. A relação entre o dólar e as divisas emergentes é mista, porém a moeda é negociada em queda ante os principais pares. Na Ásia o fechamento foi no vermelho nesta terça-feira, também devido às tensões entre Rússia e Ucrânia, que motiva os investidores a reduzirem os riscos de seus investimentos. A questão geopolítica no leste europeu também afetou de forma significativa o petróleo, que têm seus contratos futuros operando em forte alta.
Dólar segue abaixo da média de preços de fechamento dos últimos 20, 50 e 200 dias.
No dia de ontem o contrato futuro do dólar fechou novamente no negativo, porém devido ao feriado norte americano houve uma redução na liquidez global nos negócios. No dia de hoje pode ocorrer algum estresse na moeda motivado pelas tensões entre Rússia e Ucrânia. As médias móveis que indicam os preços médios de fechamento dos últimos 20, 50 e 200 dias seguem apontando para baixo, representando uma possível tendência de baixa.