A Casa da Moeda do Brasil (CMB) é a única empresa autorizada responsável, principalmente, pela impressão de todo o dinheiro – em papel ou metal (moeda) – que circula na economia do país.
Fundada em março de 1694, a Casa da Moeda é uma das organizações mais antigas do Brasil e foi criada como tentativa de resolver os problemas de circulação da riqueza no período colonial, em que o único dinheiro em circulação vinha de Portugal ou então por meio de comerciantes estrangeiros. Com a criação da Cada da Moeda foi possível fabricar as moedas dentro do território nacional.
Primeiramente localizada em Salvador, capital do Brasil até então, pouco tempo depois, em 1699, a Casa da Moeda foi transferida para o Rio de Janeiro, onde está situada até hoje. No site da CMB é possível entender como a Governança Corporativa da empresa é estruturada.
Casa da Moeda hoje
Hoje, com a expansão da economia brasileira, o complexo industrial da CMB é o maior do gênero na América Latina e um dos maiores do mundo. Segundo informações oficiais, anualmente, o parque gráfico tem capacidade de produzir em torno de 2.6 bilhões de cédulas, quatro bilhões de moedas, oito bilhões de selos oficiais e três milhões de passaportes.
O presidente do Banco Central, cargo atualmente ocupado por Roberto Campos Neto, é o responsável por autorizar a quantidade de dinheiro a ser emitido. A CMB é considerada o instrumento da produção, gerenciada unicamente pelo BC.
A Casa da Moeda é dividida em três unidades industriais, são elas:
– Departamento de Cédulas (DECED): impressão do papel moeda
– Departamento de Moedas e Medalhas (DEMOM): faz a cunhagem da moeda em circulação, além da das moedas e medalhas comemorativas
– Departamento de Produtos Gráficos e Cartões (DEGER): fabricação de passaportes, selos fiscais, certidões, diplomas, entre outros documentos que utilizam um sistema de segurança parecido
Definição do Banco Central
A partir da necessidade de substituição das moedas e cédulas danificadas, juntamente com a política econômica definida pelo Ministério da Fazenda, o Banco Central determina a quantidade de dinheiro a ser produzida.
Ao contrário do que se imagina, para termos uma economia saudável, a produção do dinheiro deve ocorrer de forma orgânica. Entenda o porquê.
Com a fabricação excedente, a população teria mais dinheiro na mão, porém a produção dos bens de consumo pode não acompanhar o crescimento, gerando aumento na demanda e falta de produto – a conhecida lei da oferta e procura. Ao final deste ciclo, já sabemos o que acontecerá: aumento dos preços e consequente desvalorização do real.
Agora, indo um pouco mais adiante, com a moeda desvalorizada, seria preciso imprimir ainda mais dinheiro para suprir as necessidades da população e, claro, da economia. Esse ciclo também é conhecido como hiperinflação.