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O que pensar sobre as eleições norte-americanas e o mercado nacional

Investimento
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6 min de leitura

Por: Confidence Câmbio • 26/10/2020

Mesmo com o alto patamar do dólar e a desvalorização do valor da moeda brasileira neste ano, o que afeta a rentabilidade futura da aplicação no exterior, nunca se falou tanto em investir fora do país. O investidor brasileiro passou a diversificar cada vez mais sua carteira com opções estrangeiras. É importante lembrar que o dólar já cedeu bastante em relação às outras moedas, porém o real foi a moeda emergente que mais se desvalorizou em relação ao dólar em 2020, em uma queda que chegou a mais de 15%.

Olhando um pouco para trás, na minha opinião houve dois acontecimentos que intensificaram esse movimento, o primeiro deles foi o interesse do investidor brasileiro em participar da oferta inicial de ações da XP Investimentos, que decidiu abrir seu capital fora do Brasil, na Bolsa de Valores americana Nasdaq. O segundo e mais intenso foi (ok, ainda está sendo) a própria pandemia, que forçou o investidor a diversificar sua carteira com a perda de atratividade das aplicações locais devido à queda da taxa juros e à busca pela proteção de seu patrimônio em uma moeda forte. Pensando neste último fator, nada melhor do que investir em dólar, não é mesmo?

A pulverização de ativos é importante. No entanto, é necessário estar ciente de que o retorno do investimento vem a médio ou longo prazo.

Quem acompanha o mercado financeiro e de ações, sabe que é preciso aproveitar a volatilidade do mercado externo para explorar a carteira de investimentos e até assumir uma exposição estrutural da sua carteira. Por exemplo, se a sua carteira está estruturada apenas com ativos brasileiros e ocorre algum fator negativo de grande impacto, todo o seu portfólio cai. No entanto, se você tem um misto com papéis internacionais, você terá uma proteção natural, já que é muito provável que o dólar se valorize em relação ao real em situações como essa.

Atualmente, o mercado já avalia a contenção de reservas em dólar como uma nova oportunidade de proteção de curto prazo. Além dos fatores citados acima, a corrida eleitoral nos EUA e a possibilidade de troca na Presidência também é um elemento importante a ser considerado, já que pode gerar volatilidade dos ativos americanos, tornando ainda mais atrativa a compra de boas empresas pensando no longo prazo. Apesar do que muitos pensam, as eleições norte-americanas não afetam a economia somente a curto prazo, mas, principalmente, a médio e longo prazo.

O fator eleição

Voto por correio - EUA

Faz um tempo que estamos acompanhando a 59ª eleição presidencial dos Estados Unidos. Apesar de, oficialmente, ocorrer apenas no dia 3 de novembro, o país já conta com quase 60 milhões de votos antecipados. Especialistas, inclusive, esperam um recorde no número de votos. No entanto, apenas em 14 de dezembro o colégio eleitoral se reunirá para eleger oficialmente o próximo presidente dos Estados Unidos e seu vice.

Diferente do que se esperava, o mercado está olhando para os dois cenários – Biden eleito ou Trump reeleito – com certa cautela, tanto que estamos vendo baixa volatilidade da moeda norte-americana se pensarmos no impacto que uma eleição tem na economia.

Alguns especialistas acreditam que estamos passando pelo fim de um ciclo econômico e início de outro. O que, para mim, faz muito sentido.

Se pensarmos que, entre 2008 e 2020, a economia dos Estados Unidos cresceu, passamos por um longo período sem recessão até que a pandemia chegou. Agora estamos acompanhando o início da recuperação econômica – independentemente de quem ganhe as eleições norte-americanas.

Até o momento, não houve um acordo com relação ao novo pacote fiscal norte-americano. No entanto, já ficou claro que os democratas estão mais interessados em implementar um bom pacote fiscal de estimulo econômico do que com os republicanos, que defendem um pacote menor.

Pontos de atenção com relação às propostas dos candidatos norte-americanos

O candidato democrata, Joe Biden, apresenta medidas menos extremistas do que o seu rival e atual presidente, Donald Trump. Esse posicionamento mais amistoso e voltado à retomada da economia norte-americana e a questões sociais gerou uma aceitação maior não só da população como um todo como, principalmente, de investidores, e vem ganhando força há algum tempo, não é de agora.

No entanto, Biden afirmou que vai voltar a aumentar o imposto de renda para as empresas (aquele que Trump diminuiu quando assumiu o poder, fazendo com que o lucro das companhias aumentasse bastante). Hoje, a análise do mercado com relação ao aumento já não é tão negativa como antes.

Em contrapartida, se o Trump for reeleito, os impostos continuam reduzidos e o sistema de saúde do país se mantém, já que para o atual presidente, o foco principal do seu próximo mandato seriam as relações com mercados internacionais. Outro ponto importante da campanha dos republicanos, é que o pacote de estímulo fiscal defendido está abaixo do que foi apresentado pelos democratas.

Hoje, levando em consideração a vitória de Biden, como mostram as pesquisas relacionadas às eleições norte-americanas, talvez, o cenário menos favorável para os investidores seja ter um Senado também de maioria democrata, já que dessa forma Biden encontraria menos resistência para aprovar planos mais arrojados.

Real impacto das eleições norte-americanas no Brasil e na nossa economia

Antes de entrarmos na questão nacional, gostaria de frisar que independentemente da política, o investidor precisa estar focado no seu negócio em primeiro lugar. Fatores externos afetam o mercado e os negócios de qualquer forma, sejam eles positivos ou negativos. Ao se tornar um executivo ou um investidor (ou mesmo ambos), automaticamente você assume esses riscos.

Depois de assumido os riscos, é muito importante que você crie uma agenda de acompanhamento dos mercados financeiros – nacional e internacional. Diferente dos investimentos de renda fixa, em que você não tem perdas, a renda variável deve ser acompanhada de perto, já que, como o próprio nome diz, ela está em constante movimento – seja para ganhos, como para perdas. E aqui, desdobramentos dos mercados internacionais podem influenciar tanto como o cenário nacional na carteira do investidor.

O primeiro impacto que vejo é uma possível tendência de enfraquecimento do dólar, o que pode ser positivo para os países emergentes como um todo e também para as commodities.

preservação da Amazônia

Um segundo impacto que considero importante são as sanções ao Brasil, mencionadas pelo candidato democrata Joe Biden com relação à Amazônia, em um de seus debates com o atual presidente Donald Trump, e altamente criticada pelo nosso então presidente, Jair Bolsonaro, que, por sua vez, tem um relacionamento próximo com Trump. Essa proximidade pode trazer facilidades, como a manutenção de políticas externas existentes. No caso de vitória do candidato democrata, este relacionamento deverá ser reestabelecido, o que pode não ser assim tão simples levando em consideração os interesses divergentes de Bolsonaro e Biden.

Seguindo a ordem, o terceiro impacto importante está relacionado à Ásia. Se assumirmos o que as estatísticas mostram no momento – a vitória de Biden, o mercado tende a ver a Ásia com melhores olhos, ou seja, podemos ver uma melhoria na performance das ações de empresas com sede no continente. Dificilmente Biden acabará com a guerra comercial, já que outros fatores estão em jogo, mas o candidato já mostrou que será menos restritivo do que Trump é hoje.

Como outro impacto em nosso mercado, não posso deixar de mencionar a regulação ao mercado de tecnologia, já que o governo democrata tem de a ser mais duro nas regulações do setor. É importante lembrar que as ações de tecnologia correspondem a 1/3 do mercado acionário dos EUA e, como já vimos antes, se a bolsa americana cai, dificilmente ela despenca sozinha.

Neste último ponto, ainda ouso ir um pouco mais adiante. A vitória de Biden traria uma política menos agressiva, comparada à realizada por Trump atualmente, o que pode diminuir os riscos geopolíticos e também a volatilidade dos mercados, causando efeitos positivos para os ativos de mercados emergentes, por exemplo.

Voltando um pouco ao início de um novo ciclo, que mencionei anteriormente, os mercados emergentes, por sua vez, tendem a acompanhar um retorno melhor nos próximos anos – por isso estamos acompanhando uma tendência à procura de novos mercados e um aumento no investimento de mercados externos no Brasil. Aqui, no Travelex Bank, por exemplo, notamos um crescente interesse de estrangeiros e brasileiros não residentes na compra de imóveis de alto padrão, Balneário Camboriú se mostrou um local cativante, rentável e altamente procurado. Pare um pouco e pense, nunca houve juros mais baixos no nosso país!

Enfim, como vocês puderam ler, as eleições podem gerar impactos – positivos ou negativos – em diversos setores da economia, não é algo tão simples assim. Recentemente, o embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster Júnior, afirmou que independentemente de quem vença as eleições norte-americanas, o Brasil vai continuar a manter boas relações com o país.

Se você ainda não estava considerando as eleições norte-americanas em seu radar financeiro, pode ser que este seja o momento de dedicar um tempo ao tema.



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