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Criptomoedas: o que você precisa saber sobre as moedas digitais
4 min de leitura
Sabia que mercado de criptomoedas não se resume ao Bitcoin? Aqui, a gente faz um resumo de como funcionam e como investir.
Moeda digital, criptomoeda, bitcoin. Você já deve até ter trombado virtualmente com algum desses termos. Caso não tenha prestado a devida atenção, a gente esclarece: as criptomoedas permitem que você compre bens e serviços ou troque-as, como você faria com qualquer outra moeda que conheça (real, dólar, euro, por exemplo). O pulo do gato das moedas virtuais está no modelo de segurança que elas oferecem: a tal da criptografia. Montamos este pequeno guia para iniciantes se lançarem no mundo mágico, especulativo e, por que não, misterioso das criptomoedas. Nele, iremos responder:
1. O que é criptomoeda, afinal?
2. Quantas criptomoedas existem e quanto elas valem?
3. Por que essas moedas digitais fazem tanto sucesso?
4. Criptomoedas são um bom investimento?
5. Como comprar criptomoedas?
6. Moedas digitais são legais no Brasil?
1. O que é criptomoeda
A palavra é tão nova que ainda nem consta nos dicionários direito. A título de curiosidade, vamos ficar com a definição de bitcoin do economista Fernando Ulrich, em seu livro Bitcoin: A Moeda na Era Digital: “… é uma forma de dinheiro, com a diferença de ser puramente digital e não ser emitido por nenhum governo. O seu valor é determinado livremente pelos indivíduos no mercado. Para transações online, é a forma ideal de pagamento, pois é rápido, barato e seguro”.
Então, poderíamos sintetizar dizendo que uma criptomoeda é um tipo de moeda 100% digital. Não dá pra cravar esse conceito porque ela não serve como reserva de valor, uma das características de uma moeda. Ao contrário das tradicionais, ela não usa uma rede central ou mecanismos financeiros sofisticados. Seu valor é determinado única e exclusivamente pela oferta e demanda. Também é importante dizer que as criptomoedas funcionam usando uma tecnologia chamada blockchain – inteligência descentralizada espalhada por muitos computadores que gerencia e registra as transações. Parte do apelo dessa tecnologia é a segurança que ela proporciona.
2. Quantas criptomoedas existem e quanto elas valem?
Essa é difícil de responder com precisão. De acordo com o coinmarketcap.com [https://coinmarketcap.com/], um site de pesquisa de mercado, enquanto escrevemos este texto, mais de 7600 criptomoedas diferentes são negociadas publicamente; se somássemos os custos de todas as moedas digitais transacionadas em 12 de novembro de 2020, chegaríamos a uma cifra superior a US$ 455 bilhões. Só valor total de bitcoins, a moeda digital mais popular do mundo, ultrapassa os US$ 296 bilhões na mesma data. Esses números, certamente, estarão defasados em menos de uma semana.
3. Por que tanto sucesso?
As criptomoedas atraem entusiastas por uma série de razões. Listamos as três mais evidentes:
- Primeiro, a percepção de que as criptomoedas, como o bitcoin, são as moedas do futuro. Comprá-las agora, antes que se tornem ainda mais valiosas, seria um investimento extremamente vantajoso. Há também quem goste, apenas, de surfar a onda, aproveitando o valor ascendente.
- Alguns experts gostam do fato de que a criptomoeda breque os bancos centrais, impedindo-os de administrar a oferta desse tipo de dinheiro virtual.
- A tecnologia por trás das criptomoedas também tem um quê de fascinante: o blockchain é um sistema de processamento e registro descentralizado e pode ser mais seguro do que os meios de pagamento tradicionais. As moedas digitais possuem um código complexo que não pode ser alterado. Como o nome sugere, as transações realizadas com elas são protegidas por criptografia.
4. Criptomoedas são mesmo um bom investimento?
A especulação tem um papel central quando o assunto é colocar as criptomoedas em caixinhas de bom ou mau investimento. A ideia continua a mesma: para você lucrar, alguém precisa pagar mais pela moeda do que você.
Assistir aos ganhos expressivos das criptomoedas e ficar indiferente parece difícil para a maioria dos investidores. Porém, deve-se observar que uma moeda precisa de estabilidade. Um dos investidores mais importantes do mercado financeiro global, Warren Buffett já demonstrou certo ceticismo com relação ao potencial das moedas digitais. Ele já comparou bitcoins a cheques de papel, que caíram em completo desuso. Mais recentemente, disse que criptomoedas são inertes como conchas do mar. “Só porque algo tem valor, não significa que seja um bom investimento”, declarou em um jantar [https://www.newsbtc.com/news/warren-buffett-claims-bitcoin-is-like-a-seashell-in-his-latest-attack-on-crypto/].
O grande problema da criptomoeda, ponderam os consultores, é a oscilação. Dando um rápido Google, você descobre que em dezembro de 2017, um bitcoin chegou a valer US$ 20 mil. Dois anos mais tarde, pouco menos de US$ 7 mil. Esse sobe e desce desenfreado posiciona a criptomoeda no bolso de investimentos agressivos e, de maneira geral, deve responder por uma fatia limitada em uma carteira.
Outro ponto: apesar da fama, a segurança dos sistemas criptografados não blinda completamente contra ataques cibernéticos e golpes – que, às vezes, viram manchete mundo afora. Não raro, promessas de enriquecimento rápido são iscas para pirâmides financeiras. Essa prática, não custa lembrar, é proibida no Brasil e configura crime.
5. Como comprar criptomoedas?
Se o investidor definir que tem perfil para aguentar a volatilidade das criptomoedas, deve então aprender como funciona o processo de compra e investir em empresas sérias ou pessoas confiáveis.
Sobre esse assunto, aliás, saiba que é possível comprar diretamente, de uma corretora ou de uma pessoa física – a transação, nesse caso, é parecida com uma transferência bancária comum. Outra maneira de adquirir moeda digital é via gestão profissional.
Para saber se uma empresa de criptomoedas é segura, avalie: os fundos dos clientes devem ser mantidos em contas segregadas, os riscos do investimento precisam ser explicados e a documentação exigida completa. Ganham pontos as exchanges que estabelecem sistemas contra lavagem de dinheiro.
6. Moedas digitais são legais no Brasil?
A rigor, aqui no Brasil, as criptomoedas são perfeitamente legais, reconhecidas pela Receita Federal, para termos de tributação e declaração, e pela Justiça brasileira sob a ótica de bens e direitos. O mercado, entretanto, ainda não é regulado, apesar de órgãos como o Banco Central (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já estarem se mobilizando.
Aqui no Travelex Bank atendemos clientes pessoa jurídica que entregam as moedas no mercado local. Mais conhecidos como OTC (Over-the-Counter), que significa “sobre o balcão”, são empresas que compram as moedas das corretoras fora do país e vendem para as corretoras locais. Neste caso, o Travelex Bank realiza o câmbio de envio da remessa financeira. Quer saber mais sobre esse serviço? Fale agora com nossos especialistas!
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