Brasília reflete seu descolamento da realidade do país enquanto panorama econômico continua a piorar

Brasília isolada. Bolsas da Ásia fecham em baixa; Europa e futuros de NY sem direção única

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09:30 Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego – semana até 09/05

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23:00 China: NBS: Produção industrial – Abr
23:00 China: NBS:Vendas no varejo – Abr

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Brasília reflete seu descolamento da realidade do país enquanto panorama econômico continua a piorar
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

O dólar atingiu ontem nova máxima histórica desde o Plano Real. A moeda norte-americana ultrapassou a barreira dos R$ 5,90, rompendo, novamente, outro patamar simbólico. A caminhada para o emblemático R$ 6,00 fica, cada dia, mais próxima. Não obstante, o governo soltou sua nova previsão do Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país – premeditando uma queda de 4,7%.

Entretanto, a retração do PIB pode ser ainda pior: segundo o Bank of America a recessão da economia brasileira será de 7,7% dado o panorama de instabilidade política, social e sanitária. No âmbito político, agentes econômicos aguardam a revelação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, a fim de tomar conhecimento sobre as possíveis implicações no que se refere ao caso das acusações do ex-ministro Sérgio Moro. Seguindo adiante, deputados e senadores aprovaram ontem, em sessão do Congresso, projeto que autoriza reajuste salarial de até 25% das polícias do Distrito Federal, que tem custo estimado de R$ 505 milhões por ano. O texto vai à sanção presidencial, que tem até o dia 27 de maio para vetar o projeto de auxílio emergencial.
Um reajuste que vem num momento em que mais de 6 milhões de trabalhadores tiveram o salário reduzido ou o contrato suspenso por causa da crise provocada pela pandemia, segundo dados oficiais. Em outras palavras, em um momento de penúria onde cidadãos brasileiros estão sofrendo consequências radicais vindouras da COVID-19, Brasília continua sendo um mundo descolado da realidade, trazendo à tona atitudes que não condizem com o período histórico em que indivíduos estão vivendo.

MUNDO
Bolsas da Ásia fecham em baixa; Europa e futuros de NY sem direção única
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

As bolsas europeias operam em baixa, enquanto os índices futuros em Nova York oscilam sem direção única, diante da persistente ansiedade com uma segunda onda de infecções por coronavírus em alguns países europeus e após o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, acabar ontem com esperanças sobre uma rápida recuperação econômica. Às 7h28, a Bolsa de Londres caía 2,45%, a de Frankfurt recuava 1,85% e a de Paris se desvalorizava 2,12%.

No mercado futuro, Dow Jones caía 0,22%, S&P 500 recuava 0,12%, mas o Nasdaq se valorizava 0,13%. As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta quinta-feira, após comentários do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, gerar preocupações de que a recuperação da economia global da pandemia de coronavírus seja mais lenta do que se esperava. Na China continental, o índice Xangai Composto caiu 0,96%.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei recuou 1,74% em Tóquio; o Hang Seng cedeu 1,45% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,80% em Seul. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 1,72% em Sydney, reagindo também à eliminação de 600 mil empregos em abril na Austrália

Fonte: Broadcast