Ataque russo contra usina nuclear na Ucrânia aumenta aversão ao risco dos investidores, motivando alta no dólar ante principais pares.
Resumo de Mercado
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Resumo de Mercado
3min de leitura
Por: Confidence Câmbio •
4/03/2022
O mercado amanhece nesta sexta-feira repercutindo o agravamento dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, após ataque russo à usina nuclear ucraniana, aumentando risco aos investidores. Com isso, o petróleo voltou a ser negociado em alta e também poderá pressionar o dólar, devido às incertezas geradas sobre a inflação global e no Brasil, bem como a atividade econômica. O destaque da agenda econômica nesta sexta-feira são os resultados do PIB do Brasil do quarto trimestre e do ano de 2021. Lá fora o mercado olha para o relatório de empregos dos Estados Unidos de fevereiro.
Com a escalada dos conflitos entre Rússia e Ucrânia os ativos locais podem ser pressionados negativamente no início do pregão nesta sexta-feira. Já no câmbio o fluxo de investidores estrangeiros pode reverter para negativo hoje, em cenário de aversão ao risco pelos investidores que buscarão a segurança na moeda americana, elevando seu preço ante o real. O contrato futuro de índice Bovespa era negociado em queda de 0,36% às 09h06 desta manhã, ao passo que o dólar comercial operava em alta de 0,13% neste mesmo horário.
Os contratos futuros do petróleo são pressionados positivamente, sendo novamente negociados em alta após notícia de ataque russo à usina nuclear na Ucrânia. Em Nova York os índices futuros acionários operam no vermelho, enquanto os juros dos Treasuries também recuam e o dólar sobe ante principais pares, movimentação que ocorre devido à busca dos investidores por ativos considerados de menor risco. Na Europa as principais bolsas também operam em queda, com investidores também avessos ao risco após ampliação dos conflitos entre Rússia e Ucrânia. Na Ásia o cenário também foi negativo, com as bolsas fechando em baixa generalizada.
Dólar segue abaixo da média de preços de fechamento dos últimos 20, 50 e 200 dias.
O contrato futuro de dólar fechou ontem mais um dia em forte queda, com grande volatilidade e retorno de alto volume de negociação. O movimento se dá por grande entrada de capital estrangeiro no país, o que foi evidenciado, por exemplo, por um aumento superior a 800% na exportação de trigo em fevereiro, quando comparado com o mês de janeiro, como consequência do conflito entre Rússia e Ucrânia. O contrato futuro segue sendo negociado abaixo das médias de preço de fechamento dos últimos 20, 50 e 200 dias.