É provável que você já tenha ouvido a expressão “mão invisível do mercado”. Ela se refere à ideia de que o mercado se regula automaticamente graças à liberdade econômica, e foi citada pela primeira vez por Adam Smith.
Por ser considerado por muitos o pai da economia moderna, a vida e as ideias de Adam Smith são leituras obrigatórias para quem gosta ou quer saber mais sobre a economia. Você já conhece essa história?
Filósofo, economista e professor
Há discordâncias quanto à data exata, mas sabemos que Adam Smith nasceu em 1723, em Kirkcaldy, Escócia. Pouco se sabe sobre sua infância, a não ser esse fato curioso: aos quatro anos de idade, Smith foi raptado por um grupo de ciganos, e devolvido à sua família horas depois.
Adam Smith foi um filósofo, economista e professor. Formou-se em filosofia, na Universidade de Glasgow e, logo em seguida, ganhou uma bolsa para estudar na Universidade de Oxford. Lá, Smith estava sempre bem acompanhado, ao lado de outros nomes importantes das ciências humanas, como David Hume, Voltaire e Turgot, sendo o primeiro sua maior influência filosófica. Não por acaso, os feitos de Smith são bastante abrangentes, colocando-o como um dos principais nomes da economia política.
Suas principais publicações são ATeoria dos Sentimentos Morais (1759), onde ele analisa de forma crítica a moral daquele tempo e da natureza humana, e Riqueza das Nações (1776), um dos livros mais influentes já escrito, a obra explica a natureza do sistema econômico e as mudanças na economia daquela época. Apesar de ter suas obras bem recebidas por seus contemporâneos, Adam Smith não pôde desfrutar do sucesso que viria anos depois, que lhe daria a alcunha de “pai da economia moderna”. Adam faleceu, em julho de 1790, aos 67 anos, por causas desconhecidas.
Divisão do trabalho, liberdade e propriedade privada
Para Adam, o valor adivinha do trabalho. Liberdade, especialização e divisão de tarefas eram fundamentais para o crescimento econômico e acúmulo de riquezas das sociedades modernas.
Em sua teoria, a liberdade e a propriedade privada são os elementos principais. Cada indivíduo deve ser livre para decidir todos os aspectos relacionados à sua própria vida e seus interesses, principalmente quando o assunto for as relações de trabalho e o uso do seu capital.
Smith defendia, ainda, que o trabalho deveria ser feito em partes, dessa forma cada profissional se aperfeiçoaria e melhoraria o seu empenho ao longo da produção. A mesma ideia era aplicada em âmbito maior, em que as nações deveriam se especializar em produzir e oferecer produtos específicos ao mercado. Vemos aqui, um encorajamento à importação e à exportação*.
Você provavelmente já precisou comprar um produto ou contratar um serviço, e se deparou com diferentes especificidades e preços. É a isso que Adam Smith se referia ao citar a especialização do trabalho e a liberdade para decidir como fazê-lo e como negociá-lo.
O economista defendia, ainda, que todas as pessoas são movidas por seus próprios interesses. É importante ressaltar que, na filosofia de Smith, pensar no próprio bem e ser egoísta não são sinônimos. O pai da economia acreditava que as pessoas viviam em busca de melhores condições de acordo com os seus interesses e por isso deveriam ser livres para vender, comprar, negociar e obter lucros.
A mão invisível de Adam Smith
Apesar de ser um dos termos econômicos mais usados no liberalismo, a “mão invisível” apareceu apenas três vezes em toda o trajeto de Adam Smith. Ainda assim, a expressão é de suma importância para quem quer entender o funcionamento das economias liberais.
Smith diz que cada indivíduo trabalha em prol dos próprios interesses e, à medida que isso acontece, a mão invisível encarrega-se de tornar o mercado harmonioso. Na obra de Adam Smith, a mão invisível é uma metáfora para a regulação espontânea do mercado.
Vamos imaginar que o seu trabalho é produzir determinada mercadoria e seus principais interesses são: gastar menos na produção e vender o produto pelo maior valor possível. A pessoa que comprará seu produto, por sua vez, busca pagar menos por um produto com a melhor qualidade disponível. Ambos interesses são legítimos e, graças a esse encontro, o mercado ficará equilibrado, já que, para fecharem negócio, será preciso que ambas partes cedam, encontrando um ponto em comum e que agrade a todos.
Por isso, não será necessário que o estado interfira na economia. Cabe a ele apenas garantir a segurança da propriedade privada, para que o restante da engrenagem funcione sozinha. É importante lembrar também, que os oligopólios e os monopólios alteram o método defendido por Smith de estabilidade nas negociações por oferta e procura.
Pai da economia moderna
A Riqueza das Nações foi o precursor de muitos estudos que formariam, anos depois, a filosofia liberal e o capitalismo, sistema econômico vigente em quase todos os países do mundo.
Os princípios de oferta e demanda e da competição de mercado regem a economia mundial. Para o liberalismo, uma sociedade na qual o estado tenha uma interferência mínima e que os indivíduos sejam livres para firmarem entre si suas relações e negociações são pontos cruciais. Note: apesar nas inúmeras mudanças, mais de três séculos depois os princípios de Adam Smith seguem norteando nosso modelo econômico.
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FONTES: SuperInteressante; Exame; Os Economistas, por Winston Fritsch e A Riqueza das Nações de Adam Smith: uma biografia, por P. J. O’Rourke
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