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28 anos do Real: retrospectiva das moedas brasileiras
3 min de leitura
Há 28 anos, no dia 1º de julho, o Real chegou na tentativa do Governo de controlar a inflação. Os tempos eram outros e os motivos também. Hoje, a inflação é um desafio que está sendo enfrentado por diversos países; não significa que passaremos pela criação de novas moedas brasileiras.
O intuito desse texto é fazer uma retrospectiva da economia brasileira por meio das moedas que já foram utilizadas em nosso País.
Réis, desde o período colonial até 1942
Mantendo a herança trazida de Portugal, ao se tornar independente, em 1822, o Brasil manteve o Réis como unidade monetária.
Cruzeiro, de 1942 a 1967
Em 1º de novembro de 1942, o Cruzeiro entrou (pela primeira vez) em cena e cortou os zeros existentes nas transações com Réis.
Cruzeiro Novo, de 1967 a 1970
O Cruzeiro Novo estreou em 13 de fevereiro de 1967 para cortar os zeros do seu antecessor.
Cruzeiro, de 1970 a 1986
Implementada no dia 25 de maio de 1970, o Cruzeiro substituiu o Cruzeiro Novo para tentar segurar os reflexos da inflação impulsionada uma década antes. No entanto, não houve corte de zeros.
O grande aumento dos gastos públicos e diminuição da capacidade produtiva do País na primeira metade dos anos 60, se destacaram como as principais causas da inflação.
Cruzado, de 1986 a 1989
Dívida externa alta e elevados gastos públicos internos levaram o Brasil a um novo momento de descontrole inflacionário. O Plano Cruzado foi implementado, em 28 de fevereiro de 1986, com a missão de facilitar as contas e transações ao eliminar três zeros do cálculo.
Uma questão importante aqui é que 1986 era um ano de eleição. Além disso, a forma como o Plano Cruzado foi instituído levou à queda da confiança da população em relação ao governo e movimentos de reinvindicações, já que o sentimento era de que estavam perdendo o poder de compra. Muitos comerciantes esconderam mercadorias para vender, por um preço elevado, no “mercado paralelo”.
Cruzado Novo, de 1989 a 1990
Com a inflação acima de 264%, o Cruzado Novo foi, mais uma vez, a subtração dos zeros.
Cruzeiro, de 1990 a 1993
Em março de 1990, com a inflação ultrapassando 82%, Fernando Collor de Melo, recém-eleito, coloca em prática o Plano Collor (ou Plano Brasil Novo), que confiscaria, por 18 meses, 80% dos valores de contas correntes ou de poupanças que ultrapassavam o saldo de 50 mil cruzados novos.
A redução da oferta de dinheiro adicionada à nova moeda fez com que a inflação cedesse, mas apenas por um curto período.
Cruzeiro Real, de 1993 a 1994
Com o IPCA alcançando quase 280% no acumulado de 12 meses, Itamar Franco, junto com seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, instituiu o Cruzeiro Real em agosto de 1993, com o papel, novamente, de cortar zeros.
Real, de 1994 até o momento
No acumulado de 12 meses, a inflação chegou à casa de 375,64% em 1993. Foi então que o Plano Real começou a ser elaborado e, diferentemente do que aconteceu com o Plano Cruzado, todas as suas ações foram anunciadas e explicadas em detalhes com antecedência.
A adoção da Unidade Real de Valor (URV) como uma moeda escritural, para que os brasileiros se adaptassem ao novo padrão, foi a primeira medida implementada. Apenas em 1º de julho de 1994 – há 28 anos – o Real passou a ser usado como a moeda oficial do Brasil e se tornou o padrão monetário mais duradouro desde o período colonial, com os Réis.
As trocas de moedas acima foram todas ocorridas no Brasil e em épocas muito diferentes da que vivemos hoje. Se você tem algum compromisso em moeda estrangeira – seja pessoal ou em sua empresa, conte com a expertise e segurança do Travelex Bank, o banco de câmbio que mais cresce no País.
Fontes: CNN e Superinteressante
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