O que é investidor-anjo?

Por definição, é o indivíduo que investe seu próprio dinheiro em uma empresa empreendedora, sendo assim, chamado de um “investidor-anjo”.

Parece uma maneira infalível de obter bons retornos sobre o seu dinheiro: investir pequenas quantias em uma dúzia ou mais de empresas jovens e promissoras; colher recompensas satisfatórias em um ou dois casos; repetir a fórmula. Esta é a versão simplificada da lógica usada em um investimento-anjo, o eufemismo que caracteriza aportes financeiros em estágio inicial de empresas que, geralmente, têm muitas ideias e pouco capital. Antes que os bancos façam empréstimos ou que os investidores de risco considerem apostar suas fichas, o investidor-anjo entra em ação, colocando o capital inicial necessário para impulsionar empresas de pequeno porte a alçar voos mais concretos rumo ao crescimento.

Investidor-anjo: ajudando startups a decolar

Em poucas palavras, um investidor-anjo é aquele que fornece suporte financeiro para pequenas startups ou para empreendedores, normalmente em troca de uma participação societária minoritária no negócio. De acordo com Cassio A. Spina, colaborador voluntário na Endeavor Brasil e fundador da Anjos do Brasil, o termo “Investidor-Anjo” foi cunhado nos Estados Unidos, no início do século 20. Designava os investidores que bancavam os custos de produção das peças de teatro da Broadway, assumindo os riscos, apoiando sua execução e participando do retorno financeiro.

Para longe dos holofotes do palco, a maioria dos investidores-anjo, hoje, está em busca de uma taxa de retorno mais alta do que a proporcionada pelas oportunidades de investimento tradicionais.

O que é melhor, um investidor-anjo ou o empréstimo bancário tradicional?

Se a resposta que pulou da sua boca foi “investidor-anjo porque não tem juros”, vamos com calma. É verdade que, ao buscar empréstimos, na modalidade que for, o empreendedor assume uma dívida sobre a qual incidem juros. O investidor-anjo, por sua vez, leva um pedacinho do negócio – muitos não gostam da ideia de dividir a empresa e o lucro futuro. A vantagem em ter o anjo por perto (literalmente) é a expertise e a rede aceleradora que ele pode oferecer. Por isso, a melhor decisão está diretamente relacionada a uma análise aprofundada: qual é o segmento da sua empresa, em que estágio está. Sem lucratividade, é muito difícil conseguir um empréstimo, ao passo que para captar investidores, o empreendedor precisa ter muito network, uma boa ideia e um plano de negócio convincente.

Empresas que tiveram investidor-anjo

Quase toda tech de sucesso deu seu pontapé inicial com um investidor-anjo enxergando potencial em ideias e, nesse sentido, o Facebook é um bom exemplo. O filme “A Rede Social” (“The Social Network”, 2010), indicado ao Oscar em 2011, mostra os momentos embrionários da história da companhia – você se lembra que o brasileiro Eduardo Saverin teria sido responsável pelo fornecimento do capital inicial para o desenvolvimento da empresa? Hoje bilionário, Saverin atua como investidor-anjo e recentemente fez seu primeiro aporte na América Latina. A startup contemplada foi a mexicana Yalochat, que desenvolve chatbots para que grandes empresas atendam seus clientes via WhatsApp, Facebook Messenger e WeChat.

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