Mercado doméstico atento ao IPCA-15 e à palestra do diretor do BC

Choque entre as duas maiores superpotências do mundo deixa mercados globais cautelosos, enquanto Brasil aguarda IPCA-15

AGENDA DE EVENTOS |24 de julho de 2020

BRASIL
08:00 FGV: Confiança do consumidor – Jul
08:00 FGV: IPC-S Capitais – Jul (3ª quadrissemana)
09:00 IBGE: IPCA-15 – Jul
09:00 IBGE divulga Pnad Covid da primeira semana de julho (de 28 de junho a 4 de julho)
10:00 CNI: Confiança do Empresário da Construção
10:00 Evolução da atividade na indústria da construção – Jun
10:00 Utilização da Capacidade Operacional (UCO)
10:00 Diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, palestra em evento organizado pela XP Investimentos
11:00 Secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, participa de Live sobre regulação no País

E.U.A.
10:45 IHS Markit: PMI Composto – Jul (preliminar)
11:00 Depto Comércio: vendas de novas moradias (Jun)

EURO
Sem destaques

ÁSIA
Sem destaques

BRASIL
Mercado doméstico acompanhará IPCA-15 e palestra do diretor do Banco Central
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

Uma cautela generalizada nos mercados globais impera nesta sexta-feira. Especificamente no Brasil – em que os ânimos externos certamente afetarão o mercado doméstico – o mercado verificará o IPCA-15 de julho a fim de premeditar o próximo passo do Comitê de Política Monetária.

Não obstante, fica no radar também o discurso do diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, que fará uma palestra em um evento online. Até agora, agentes econômicos e investidores apostam em uma manutenção da SELIC em 2,25 ou então em um corte de 25 pontos-base, culminando em uma taxa básica de juros de 2,00%.

A reunião do Copom, que ocorrerá nos dias 4 e 5 de agosto, carrega consigo as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e de Bruno Serra, onde ambos citaram, nesta semana, que há espaço para um “corte residual”.

Em última instância, o dia de hoje é caracterizado por um choque das duas maiores superpotências do globo e, quando isso acontece, todos os indivíduos param a fim de observar.

MUNDO
Mercados em cautela: choque entre as duas maiores superpotências do mundo
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

As bolsas europeias freiam levemente as quedas em meio às tensões entre Estados Unidos e China. O que ajudou a desaceleração das perdas foram as atividades da indústria e de serviços na Zona do Euro.

Às 7h35, a Bolsa de Londres caía 1,01%, a de Frankfurt recuava 1,47% e a de Paris se desvalorizava 1,32%. Voltando-se aos futuros de NY, os índices também reduzem as quedas à espera de novos estímulos fiscais conjuntamente com balanços trimestrais de grandes empresas norte-americanas.

Durante a madrugada, houve uma precaução maior pelo fato de que a China ordenou o fechamento do consulado dos EUA em Chengdu – como forma de retaliação à administração Trump de ter fechado o consulado chinês em Houston.

No mercado futuro, às 7h34, Dow Jones caía 0,20%, S&P 500 recuava 0,26%% e Nasdaq se desvalorizava 0,83%.

Finalmente, do outro lado do globo, as bolsas asiáticas e do Pacífico fecharam em baixa generalizada nesta sexta-feira. O pessimismo foi também um reflexo da retaliação de Pequim para com Washington. Se os Estados Unidos acusaram a China de que o consulado em Houston era utilizado para espionar cidadãos americanos, o gigante asiático acusa os EUA de interferir em questões internas do governo chinês.

A Bolsa de Xangai caiu 3,86%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,21%, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 0,71% em Seul. No Japão, a Bolsa de Tóquio não operou pelo segundo dia seguido devido a feriados.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 1,16% em Sydney, influenciado também pela disseminação da covid-19 no Estado de Victoria.