Otimismo externo permanece e deve impactar o mercado local

Mesmo em meio a intensificação das tensões entre EUA e China; otimismo externo prevalece

AGENDA DE EVENTOS | 23 de julho de 2020

BRASIL
08:00 FGV: IPC-S – Jul (3ª quadrissemana)
14:00 Presidente do BC, Roberto Campos Neto, tem reunião com secretário do Tesouro, Bruno Funchal. Compromisso é fechado à imprensa
14:30 Receita: Arrecadação federal – Jun
15:00 Chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita
Federal, Claudemir Malaquias, participa de coletiva sobre arrecadação de junho

E.U.A.
Antes de Abertura: Balanço da American Airlines
08:00 Balanço do Twitter
09:30 Deptº do Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego – semana até 11/07
17:40 Secretário de Estado Mike Pompeo discursa sobre a “China comunista e o futuro do mundo livre” em Richard Nixon Presidencial Library
Após o Fechamento: Balanço da Intel

EURO
08:00 Reino Unido: Jonathan Haskel, membro do comitê de política monetária do BoE, participa de webinar do Imperial College Business School
11:00 Zona do Euro: Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor – preliminar (Jul)

ÁSIA
20:00 Coreia do Sul: Banco da Coreia: PIB – 2ºtri

BRASIL
Otimismo externo permanece mesmo em meio à tensões entre EUA e China e deve impactar o mercado local
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

O dia de hoje deve ser caracterizado pela manutenção do enfraquecimento do dólar no exterior frente às outras divisas – não necessariamente a brasileira.

O fato pode levar o mercado doméstico a testar suportes ainda mais baixos, após a moeda norte-americana encerrar o dia de ontem a R$ 5,1157, muito embora, um ajuste no mercado cambial possa também ocorrer tendo em vista a grande valorização do real nas últimas 48 horas.

No âmbito político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em uma live ontem à noite, afirmou que um dos desafios para o próximo ano será manter o teto de gastos e reafirmou que não concorda com a criação de um novo imposto – algo que é defendido pela equipe econômica da administração Bolsonaro.

Seguindo adiante, na renda fixa, a curva de juros, sobretudo o trecho longo, pode sofrer novos ajustes, após subir ontem, refletindo cautela fiscal e com os investidores já se preparando para o leilão de títulos prefixados do Tesouro desta quinta-feira. Na agenda, os dados de arrecadação do governo federal em junho ficam no radar à tarde.

Finalmente, no âmbito sanitário, a matéria divulgada pelo jornal Estado de S. Paulo traz à luz de que o ministro interino do Ministério da Saúde, Eduardo Pazuello, foi alertado – em uma reunião a portas fechadas no fim de maio – de que, sem o isolamento social, a crise de saúde pública deflagrada pelo novo coronavírus poderia durar por dois anos. Em última instância, o Brasil já possui 1% da população infectada segundo dados oficiais.

MUNDO
Cenário externo positivo
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank, o seu banco de câmbio

As bolsas europeias operam em alta nesta manhã de quinta-feira, ensaiando uma recuperação após fecharem em baixa no dia de ontem. Na Alemanha, o GfK divulgou nesta madrugada prévia mostrando que a confiança do consumidor continua se recuperando fortemente na maior economia europeia, após atingir mínima histórica em maio.

Às 7h32, a Bolsa de Londres subia 0,54%, a de Frankfurt avançava 0,65% e a de Paris se valorizava 0,54%. Em paralelo, os futuros de NY acompanham os índices europeus e também sobem diante da expectativa de uma série de balanços de grandes empresas dos Estados Unidos.

Às 7h31, no mercado futuro, Dow Jones subia 0,39%, S&P 500 avançava 0,39% e Nasdaq se valorizava 0,91%. Por fim, do outro lado do globo, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa. O fato foi reflexo do estreitamento das tensões entre EUA e China que se intensificou, no dia de ontem, após o fechamento do consulado chinês em Houston (Texas), onde o governo norte-americano alegou proteger a “propriedade intelectual americana”.

O índice Xangai Composto recuou 0,24%. O sul-coreano Kospi caiu 0,56% em Seul, na esteira do resultado pior do que o esperado do Produto Interno Bruto (PIB) da Coreia do Sul, que encolheu 2,9% no segundo trimestre. Na contramão, o Hang Seng avançou 0,82% em Hong Kong. No Japão, um feriado nacional manteve a Bolsa de Tóquio fechada.

Na Oceania, o S&P/ASX subiu 0,32% em Sydney.