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Comitê de Política Monetária corta SELIC em 0,75%; dólar se aproxima inegavelmente de R$6,00

Resumo de Mercado
R$ 6,00
Resumo de Mercado

3 min de leitura

Por: Confidence Câmbio • 7/05/2020

R$ 6,00: dólar de aproxima de alta. Cenário exterior é misto.

BRASIL
11:30
BC faz leilão de 7.540 contratos de swap (US$ 377 milhões), em rolagem
15:00 Congresso promulga PEC do Orçamento de Guerra

EUA
09:30
Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego- 02/05
16:00 Fed: Crédito ao consumidor – Fev

EURO
Sem Destaques

ÁSIA
21:30
Japão: IHS Markit/Jibun Bank: índice de gerente de compras (PMI) de serviços (final) – Abr

BRASIL
Comitê de Política Monetária corta SELIC em 0,75%; dólar se aproxima inegavelmente de R$6,00

Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

O Comitê de Política Monetária decidiu ontem, por unanimidade, reduzir a SELIC em 0,75%, para 3% a.a. – nova mínima histórica. A decisão foi de encontro ao que analistas e investidores estavam aguardando – corte de 0,5%. Entretanto, esta não foi a maior surpresa: segundo a ata da 230ª reunião do Copom, os membros do Comitê consideram um novo corte em junho para complementar o estímulo necessário à economia como reação à pandemia da COVID-19. Tal cenário, faz com que agentes de mercados preveem redução dos juros até 2,25% no mês que vem. Desse modo, as atenções voltam-se ao dólar: a moeda norte-americana deve sentir imediatamente tal corte.

Ontem, o dólar já fechou em patamar recorde de R$ 5,71 – nova máxima histórica. Isso significa que o nível simbólico de R$ 6,00 está apenas a 5% “de distância”. Neste ano, a divisa americana já se valorizou 42%, colocando o real na posição de moeda que mais perdeu valor em comparação com as 40 principais divisas do mundo, conforme dados da Reuters. Esse corte da SELIC, traz à tona uma discussão entre analistas que tem por plano de fundo um dilema econômico: será que a redução da taxa de juros fará com que os bancos emprestem mais? Como se não bastasse, famílias e empresas irão tomar créditos, gerando nova onda de empréstimos aquecendo, portanto, a economia? Este trade-off acontece porque, diante da iminente recessão, o critério dos bancos para linha de crédito está mais rigoroso, afinal, ninguém quer levar calote.

Em paralelo, a mesma recessão econômica piora a condição financeira dos clientes finais. Outra provocação: o mercado de crédito, normalmente, estabelece os juros dos empréstimos conforme as taxas do mercado futuro. Neste segmento, tais taxas estão subindo paulatinamente dadas as incertezas na esfera política e da piora das contas públicas. Em suma, o trade-off entre cortar a SELIC a fim de aquecer a economia e não o fazer a fim de resguardar a valorização do real é o que ditará a política monetária daqui em diante. Agentes econômicos analisam e fazem suas predições. Apesar de que, dado o texto divulgado ontem pelo Copom, a decisão que guiará o rumo monetário, parece, indubitavelmente, tomada.

MUNDO
Ásia fecha em baixa; Europa e futuros de NY sobem

Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

Os futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em alta moderada no começo do pregão desta quinta-feira, com investidores digerindo uma série de fatores, incluindo um inesperado aumento nas exportações da China, a decisão do Banco da Inglaterra (BoE) de manter sua política monetária inalterada, dados fracos da indústria alemã, balanços da Telefónica e da Air France-KLM e os últimos desdobramentos da pandemia de coronavírus.

Às 7h22, o Dow Jones futuro subia %, o S&P 500 futuro tinha alta de % e o Nasdaq futuro avançava %. A Bolsa de Londres subia 0,39%, a de Frankfurt avançava 0,66% e a de Paris se valorizava 0,63%. As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, influenciadas por tensões entre EUA e China e apesar do desempenho melhor do que o esperado da balança comercial chinesa no último mês. Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a China “pode ou não” manter o acordo comercial bilateral firmado no começo do ano entre as potências.

Desde a semana passada, EUA e China vêm protagonizando uma polêmica sobre a origem da pandemia de coronavírus.O Xangai Composto caiu 0,23%. O Hang Seng se desvalorizou 0,65% em Hong Kong, e o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,01% em Seul, mas o Nikkei subiu 0,28% em Tóquio. Na Oceania, o S&P/ASX 200 caiu 0,38% em Sydney.



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