China melhora e impulsiona mercados internacionais

Retomada também deve embalar mercado brasileiro

BRASIL
Melhora da atividade da China embala mercados
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

Sinais de retomada da economia chinesa impulsionam as bolsas internacionais, os rendimentos dos títulos do tesouro norte-americano, o dólar ante moedas fortes e o petróleo neste primeiro dia útil de dezembro. Esse otimismo deve contagiar os mercados brasileiros, sobretudo o Ibovespa, que ainda segue amargando saídas de investidores estrangeiros.

Já o dólar em relação ao real, que teve o segundo pior desempenho global em novembro, deve continuar na mira dos investidores à medida que se aproxima o Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro e o avanço recente da moeda norteamericana tem elevado o debate sobre continuidade ou não do ciclo de queda da Selic. Antes do Copom, na sexta-feira, será informada a inflação de novembro do País, que deve acelerar consideravelmente na margem mas ainda manter-se sob controle no acumulado em 12 meses. Além disso, amanhã, será divulgado o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que pode ajudar a calibrar as expectativas para o crescimento de 2019 e ainda para 2020. No exterior, a menor aversão ao risco deve-se ao avanço da indústria de manufatura da China, com o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial do país alcançando o maior nível em novembro desde dezembro de 2016.

O dado afasta um pouco o temor em relação ao impasse comercial, mas não tira totalmente as incertezas sobre a guerra entre Estados Unidos e China. As duas potências continuam tentando fechar um acordo comercial preliminar. O governo de Pequim espera que os EUA revertam algumas das tarifas impostas sobre seus produtos, como parte do entendimento que as duas maiores potências econômicas negociam. Hoje, um jornal oficial chinês reiterou o desejo de Pequim de que a gestão de Donald Trump atue de maneira “flexível” e “razoável”. Na zona do euro, o PMI também mostrou melhora no penúltimo mês de 2019, atingindo a maior marca em três meses. Nos EUA, o investidor poderá ter uma ideia mais clara sobre a atividade a partir de dados do mercado de trabalho (payroll) de novembro, na sexta-feira.

MUNDO
Bolsas Internacionais em alta
Por Pedro Molizani – Trader Mesa de Câmbio Travelex Bank

As bolsas europeias operam em alta e os futuros de Nova York também sobem, após índices de gerentes de compras (PMIs) publicados nos últimos dias mostrarem recuperação da manufatura na China. Investidores também repercutem o PMI industrial da zona do euro (maior patamar em três meses), enquanto aguardam dos EUA. E continuam atentos a novidades das negociações entre EUA e China, que tentam fechar um acordo comercial preliminar.

Por volta das 7h15, a Bolsa de Londres subia 0,39%, a de Frankfurt avançava 0,64% e a de Paris se valorizava 0,39%. Em Nova York, no mercado futuro, o índice Dow Jones subia 0,39%, o S&P 500 avançava 0,37% e o Nasdaq tinha ganho de 0,36%. As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada, à medida que dados animadores sobre a manufatura chinesa ajudaram a desviar a atenção dos investidores dos últimos entraves às negociações comerciais entre EUA e China.
Nos últimos dias, pesquisas mostraram que a atividade manufatureira chinesa está se recuperando, embora o país asiático continue num impasse em seu diálogo comercial com os EUA. O índice Xangai Composto subiu 0,13%, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,22%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,37%. A bolsa de Tóquio avançou 1,01%, alcançando o maior nível em cerca de 14 meses, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,19% em Seul, e o Taiex registrou ganho de 0,12% em Taiwan. Na Oceania, a bolsa australiana avançou 0,24% em Sydney.

Fonte: Broadcast